Por Rennan Soares (Opinião)
A partir do momento em que a internet passou de uma mera experiência de comunicação em rede, para o veículo que contém o maior conteúdo informacional e interativo do planeta, a pergunta a cima se tornou uma questão com resposta indefinida. Analisando o comportamento de alguns indivíduos, é possível perceber que, apesar de transitarmos por dois universos distintos (real e virtual), a maioria deles não vê diferença entre esses dois mundos.
A definição do real e do virtual e a diferença que há entre eles, é tema de discussões entre teóricos há anos. E parece nunca ter fim. Dia após dia, surgem novos objetos e formas diferentes para o indivíduo utilizar e se relacionar.
A internet não está restrita ao computador. Ela está presente nos celulares, nos vídeo games e até na televisão. Como estamos tratando de um mundo que muda tanto apenas em segundos, temos uma única certeza: as novas tecnologias modificaram a forma de viver do ser humano.
Com a criação das redes de relacionamento, dos comunicadores de mensagens instantâneas e dos jogos online, algumas pessoas vivem hoje mais tempo no mundo virtual do que no mundo real. Explica-se: imagine um indivíduo que não é reconhecido no trabalho, mora sozinho e não tem muito contato com a família. A sua válvula de escape será a internet. Na grande rede é possível perder a vergonha. É possível ser outra pessoa, fazer coisas que você não faria na vida real. Um exemplo claro são as identidades falsas, ou fakes (leia aqui como é fácil ser outra pessoa). Podem ser perfis de sites de relacionamento como Orkut, Twitter, Facebook; endereços de e-mail para se comunicar via MSN, Google Talk, Skype; ou até mesmo um personagem que não tenha nada a ver com você no Second Life. Este último é um bom exemplo de que o mundo virtual está cada vez mais próximo do mundo real. O Second Life é uma plataforma virtual 3D de socialização. Trata-se de uma bolha digital, um espaço comum, no qual avatares customizados vivem sem se importar com as diferentes temperaturas de ambiente e necessidades existenciais biológicas. Nesse jogo, todos nascem com a certeza que nunca vão morrer nem envelhecer. Uma espécie de evolução de The Sims. Por ser online e virtualizar relações entre pessoas, o game consegue atrair cerca de quatro milhões de usuários. Em Second Life, o que importa é viver, experimentar, construir, comprar, socializar e brincar. Ou seja, viver sem regras e sem limites. Se você já conhece o game, imagine como seria viver o contrário: ao invés do Second Life (mundo virtual) tentar imitar o mundo real, esse vídeo mostra o mundo real tentando imitar o Second Life (mundo virtual). Veja:
Em 2006, pesquisadores da Universidade da Califórnia do Sul realizaram o “Digital Future Project”. Na pesquisa, 43% dos internautas norte-americanos que participam de comunidades online consideram os grupos virtuais tão importantes quanto os da vida real. Levando em consideração que cada vez mais pessoas têm acesso à internet e que os indivíduos ficam cada vez mais conectados à grande rede, em 2009 esse número deve ter crescido (leia aqui a matéria).
A internet vem crescendo em importância a cada ano, mas o acesso à ela ainda não tem a informação como maior objetivo. O entretenimento ainda é o grande conteúdo acessado pelos internautas, que buscam todo e qualquer tipo de diversão. Diferente da televisão, do rádio e do jornal, a internet possibilita uma escolha mais personalizada ao internauta.
Para se ter melhor noção da forma relâmpago como a internet se espalhou, basta dar uma olhada na pesquisa feita pela empresa eMarketer. De acordo com a pesquisa, a internet e atingia, em 2005, cerca de um bilhão de pessoas no planeta, sendo que 25% delas tinham acesso através de banda larga (leia a matéria completa aqui). A grande vantagem da rapidez na informação, é, as vezes, ocultada pelo fato de que com tanta gente acessando e com a facilidade que esse novo veículo te dá, o receptor é também o emissor de notícia. Isso faz com que a credibilidade do que se lê na internet diminua. Como o indivíduo pensa que toda e qualquer pessoa pode ter publicado algo, a crença no que ele lê é menor. As vezes é necessário ler a mesma notícia em jornais, ouvir no rádio, ou ver na televisão para aí sim acreditar no que saiu primeiro na internet.
Acredito que toda essa constante evolução nos remeta a um universo paradoxo, onde as pessoas vivem mais no virtual, porém, por conta disso, passam a dar mais valor ao mundo real. Se é bom ou ruim, só o tempo irá dizer. Até agora, eu estou gostando!
Saiba mais
Tendências sobre as comunidades virtuais da perspectiva dos prosumers
Realidade Aumentada - Mundo Real e Virtual Lado a Lado
Tema: a vida virtual
Enquete
Em qual mundo você vive mais? Vote aqui:
(A) No Real, pois é o mundo em que sinto fome, sinto frio ou calor e posso ficar doente.
(B) No Virtual, pois nele consigo ser quem quero e posso conversar com pessoas de todo o planeta.
(C) Em ambos, porque os mundo real e o mundo virtual se completam.
Fórum
O que você acha sobre a possibilidade de ser outra pessoa na web? Opine aqui:
A partir do momento em que a internet passou de uma mera experiência de comunicação em rede, para o veículo que contém o maior conteúdo informacional e interativo do planeta, a pergunta a cima se tornou uma questão com resposta indefinida. Analisando o comportamento de alguns indivíduos, é possível perceber que, apesar de transitarmos por dois universos distintos (real e virtual), a maioria deles não vê diferença entre esses dois mundos.
A definição do real e do virtual e a diferença que há entre eles, é tema de discussões entre teóricos há anos. E parece nunca ter fim. Dia após dia, surgem novos objetos e formas diferentes para o indivíduo utilizar e se relacionar.
A internet não está restrita ao computador. Ela está presente nos celulares, nos vídeo games e até na televisão. Como estamos tratando de um mundo que muda tanto apenas em segundos, temos uma única certeza: as novas tecnologias modificaram a forma de viver do ser humano.
Com a criação das redes de relacionamento, dos comunicadores de mensagens instantâneas e dos jogos online, algumas pessoas vivem hoje mais tempo no mundo virtual do que no mundo real. Explica-se: imagine um indivíduo que não é reconhecido no trabalho, mora sozinho e não tem muito contato com a família. A sua válvula de escape será a internet. Na grande rede é possível perder a vergonha. É possível ser outra pessoa, fazer coisas que você não faria na vida real. Um exemplo claro são as identidades falsas, ou fakes (leia aqui como é fácil ser outra pessoa). Podem ser perfis de sites de relacionamento como Orkut, Twitter, Facebook; endereços de e-mail para se comunicar via MSN, Google Talk, Skype; ou até mesmo um personagem que não tenha nada a ver com você no Second Life. Este último é um bom exemplo de que o mundo virtual está cada vez mais próximo do mundo real. O Second Life é uma plataforma virtual 3D de socialização. Trata-se de uma bolha digital, um espaço comum, no qual avatares customizados vivem sem se importar com as diferentes temperaturas de ambiente e necessidades existenciais biológicas. Nesse jogo, todos nascem com a certeza que nunca vão morrer nem envelhecer. Uma espécie de evolução de The Sims. Por ser online e virtualizar relações entre pessoas, o game consegue atrair cerca de quatro milhões de usuários. Em Second Life, o que importa é viver, experimentar, construir, comprar, socializar e brincar. Ou seja, viver sem regras e sem limites. Se você já conhece o game, imagine como seria viver o contrário: ao invés do Second Life (mundo virtual) tentar imitar o mundo real, esse vídeo mostra o mundo real tentando imitar o Second Life (mundo virtual). Veja:
Em 2006, pesquisadores da Universidade da Califórnia do Sul realizaram o “Digital Future Project”. Na pesquisa, 43% dos internautas norte-americanos que participam de comunidades online consideram os grupos virtuais tão importantes quanto os da vida real. Levando em consideração que cada vez mais pessoas têm acesso à internet e que os indivíduos ficam cada vez mais conectados à grande rede, em 2009 esse número deve ter crescido (leia aqui a matéria).
A internet vem crescendo em importância a cada ano, mas o acesso à ela ainda não tem a informação como maior objetivo. O entretenimento ainda é o grande conteúdo acessado pelos internautas, que buscam todo e qualquer tipo de diversão. Diferente da televisão, do rádio e do jornal, a internet possibilita uma escolha mais personalizada ao internauta.
Para se ter melhor noção da forma relâmpago como a internet se espalhou, basta dar uma olhada na pesquisa feita pela empresa eMarketer. De acordo com a pesquisa, a internet e atingia, em 2005, cerca de um bilhão de pessoas no planeta, sendo que 25% delas tinham acesso através de banda larga (leia a matéria completa aqui). A grande vantagem da rapidez na informação, é, as vezes, ocultada pelo fato de que com tanta gente acessando e com a facilidade que esse novo veículo te dá, o receptor é também o emissor de notícia. Isso faz com que a credibilidade do que se lê na internet diminua. Como o indivíduo pensa que toda e qualquer pessoa pode ter publicado algo, a crença no que ele lê é menor. As vezes é necessário ler a mesma notícia em jornais, ouvir no rádio, ou ver na televisão para aí sim acreditar no que saiu primeiro na internet.
Acredito que toda essa constante evolução nos remeta a um universo paradoxo, onde as pessoas vivem mais no virtual, porém, por conta disso, passam a dar mais valor ao mundo real. Se é bom ou ruim, só o tempo irá dizer. Até agora, eu estou gostando!
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Tema: a vida virtual
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(A) No Real, pois é o mundo em que sinto fome, sinto frio ou calor e posso ficar doente.
(B) No Virtual, pois nele consigo ser quem quero e posso conversar com pessoas de todo o planeta.
(C) Em ambos, porque os mundo real e o mundo virtual se completam.
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